Voz passiva sintética e voz reflexiva
Na voz passiva sintética o sujeito apenas sofre a ação verbal, não a pratica porque não é possível o substantivo que é o núcleo do sujeito a praticar, a ação verbal, aliás, é praticada por outro ser:
(1) Vende-se “poupa de fruta”. (2) Compram-se “cautelas”. (3) “O futuro se faz com o presente. Previna-se.” (Sipat) (4) Em 1951, iniciam-se “movimentos” para tornarem Angola independente.
Nesses exemplos os sujeitos destacados apenas sofrem as ações verbais, não as praticam porque não é possível eles as praticarem: “poupa de fruta” não vende a si própria, “cautelas” não compram a si próprias, um “ser” não identificado é que a vende, as compra; em (3) o substantivo “futuro” não faz a si próprio, a desinência verbal da segunda oração, Previna-se, define o sujeito que pratica a ação, “você”: O futuro você faz com o presente...; e em (4) pessoas não identificadas iniciam os movimentos.
Na voz reflexiva o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo:
(1) “Em 1975, após 500 anos de colonização, ‘São Tomé e Príncipe’ tornou-se independente.” (2) “Nacional da Madeira prepara-se cuidadosamente para enfrentar o FC Porto no Dragão.”
Nesses períodos “São Tomé e Príncipe” pratica e recebe a ação, não é outra pessoa que a pratica, semelhantemente, o Nacional da Madeira, ele mesmo, prepara-se, não é outro ser que o prepara.
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Fonte: SILVA, Cláudio Rodrigues da, Língua Portuguesa Descomplicada, publicação independente, pág. 115, 2012. Todos os direitos reservados.
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